Família Passos


Por Elis de Sisti Bernardes


Augusto Julio dos Passos já morava na Freguesia de Barra Velha antes de 1883. A família morou no Itapocú e estabeleceu-se no Itaperiú antes de 1893.

Augusto Julio dos Passos nasceu por volta de 1859, em São Francisco, e era filho de Francisco José Domingos e Anna Andreza da Conceição. Sabia escrever e foi sapateiro e negociante.

Augusto casou com Amancia Clemencia de Souza, ou Amancia Caetana da Silva, filha de José Francisco de Souza e Maria Lucinda da Silva. O casal morou no Itapocú e teve um filho:
- Abilio Julio dos Passos (*11/04/1883, Barra Velha)

Amancia faleceu e Augusto casou pela segunda vez com a jovem Lydia Rosa da Silveira, nascida no dia 12/12/1869, no Itapocú, em Barra Velha, filha de Francisco Joaquim da Rosa e Maria Joaquina da Conceição. O casamento religioso ocorreu no dia 01/09/1888, na Igreja Matriz de Barra Velha e foi celebrado pelo Padre Vicente d'Argenzio. Foram testemunhas: Antonio Ignacio da Silva e Onofre Francisco da Rosa.

Lydia foi batizada no dia 09/03/1870, em Barra Velha. Foram seus padrinhos, Carlos Walter e Maria Thomazia da Conceição.

Augusto e Lydia tiveram os seguintes filhos:
- Maria Augusta dos Passos (*27/06/1889, Itapocú, Barra Velha)
- Eulalia (*12/02/1891, Itapocú, Barra Velha)
- José Augusto do Passos (*31/01/1892, Itapocú, Barra Velha)
- Primitivo Julio Passos (*24/02/1893, Itaperiú, Barra Velha)
- Trajano Augusto dos Passos (*02/07/1897, Itaperiú, Barra Velha)
- Acelina Julia dos Passos (*05/08/1897, Barra Velha)
- Ibrantina Julia Passos (*11/02/1900, Itaperiú)

No dia 19 de novembro de 1890, Augusto pediu ao Governo Estadual para arbitrar os preços das terras que desejava comprar.

Em 22 de novembro de 1890, Augusto foi nomeado pelo Governo Provincial de Santa Catarina para ser um dos três membros da comissão censitária encarregada pelo recenseamento da população catarinense na localidade de Itapocú.

No dia 27 de novembro de 1893, Augusto foi nomeado Tenente da 3ª Companhia do 3º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional.

Entre 1892 e 1893, Augusto mudou-se com a família para o Itaperiú, onde foi sapateiro e negociante.

Ele também foi Juiz de Paz da Freguesia de Barra Velha, exercendo o cargo de 1907 a 1909.

Augusto Julio dos Passos faleceu após 1928. Lydia Rosa da Silveira faleceu após 1925.



Filhos com Amancia Clemencia de Souza:



1. Abilio Julio dos Passos (ou Abilio Augusto dos Passos) (*11/04/1883, Barra Velha Bat. 07/08/1883, Barra Velha Padr: Francisco Maria de Faria Machado e Balbina Walter +02/03/1944, Barra Velha Sep: Santo Antonio). Sabia escrever. Foi comerciante. Morou no Itaperiú, no atual bairro de Santo Antonio. Foi comerciante e teve um comércio de fazendas, secos e molhados. Foi Juiz de Paz da Freguesia de Barra Velha no ano de 1921. Em 1930 foi indicado para prefeito de Paraty pelo Diretório de seu partido, o Partido Republicano Conservador (PRC).
Casou com Jocelyna Leonyda da Rosa (*~1880, Itapocú +27/01/1910, na casa de Onofre Francisco da Rosa, Itapocú, de parto), filha de Onofre Francisco da Rosa e Leonida Justina Garcia, no dia 01/11/1908, no cartório do Itapocú.
Viúvo, Abilio casou com Maria Justina Vieira (*20/03/1885 +21/12/1954 Sep: Santo Antonio), viúva de Alberto Militão da Silveira, moradora no Itapocú, filha de Justino Vieira Rebello e Maria Venancia da Rosa, no civil dia 23/09/1916, na casa de Cleto Rosa, no Itapocú.
Filhos:

- Agenor Abilio dos Passos (+Após 1941)
Casou com Ester Rosa (*~1930).

- Delmida Passos (*10/10/1919)
Casou com Aulo Abrahão Francisco (*20/01/1918, Penha +13/12/1993, Joinville, de câncer Sep: Joinville), comerciante, morador em Penha, filho de Abrahão João Francisco, natural da Síria, e de Alice Paulina, no dia 05/09/1942, na casa de Abilio, no Itaperiú. Filhos:
          - Amilton Abilio Abrahão (*~1943), comerciante.
          Casou.
          - Maria Alice (*~1946)

- Abilio dos Passos Junior (*08/08/1921, Itaperiú +25/04/1975, Joinville). Foi comerciante e motorista. Mudou-se para Joinville.
Casou com Dagmar Vieira (*11/03/1923, Barra Velha), moradora no Itaperiú, filha de Otavio Francisco Vieira e Donatilia Rosa Vieira, no dia 18/10/1943, no cartório de Barra Velha. Desquitaram-se em 10/04/1947.
Casou então com Evelina Monteiro (*23/04/1920, Barra Velha +2000, Joinville), filha de Everaldino Tristão MonteiroEleonora Maria Kleis.
Filhos com Evelina:
          - Janete (*~1948)
          - Roseli (*~1950)
          - Adilson (*~1956)





Filhos com Lydia Rosa da Silveira:



2. Maria Augusta dos Passos (*27/06/1889, Itapocú, Barra Velha +21/09/1925, Itaperiú, com 36 anos, num parto laborioso, após sofrer por 3 dias Sep: São João do Itaperiú)
Casou com Olympio Ferreira Fagundes (*19/06/1896, Barra Velha +Após 1928), negociante, filho de José Ferreira FagundesArminda Joaquina Pereira, no civil dia 01/03/1924, na casa do sogro, no Itaperiú e no dia 14/03/1924, na Igreja de Barra Velha. Ela passou a assinar-se Maria Augusta Fagundes. Moraram no Itaperiú.
Viúvo, Olympio casou com a irmã de Maria Augusta, Ibrantina Julia Passos.





3. Eulalia (*12/02/1891, Itapocú, Barra Velha)





4. José Augusto do Passos (*31/01/1892, Itapocú, Barra Velha +13/09/1980, São João do Itaperiú, com 88 anos Sep: São João do Itaperiú). Foi negociante. Foi Inspetor do Quarteirão de São João do Itaperiú em 1937.
Casou com Elvira Maria de Faria (*27/07/1907, Biguaçu +19/06/1981, Hospital Santa Isabel, Blumenau Sep: São João do Itaperiú), professora, moradora no Itaperiú, filha de Alfredo José de Faria e de Maria Candida de Faria, moradores em Biguaçu, no dia 06/10/1924, na casa de Manoel José de Farias, no Itaperiú. Foram testemunhas: Abilio Augusto dos Passos, Manoel José de Faria, e Durcelina Belmina de Faria. Também estavam presentes: Primitivo Julio dos Passos, Alfredo José de Faria e Augusto Julio dos Passos. Ela passou a assinar-se Elvira Faria Passos. O casal possuiu um comércio em São João que fornecia boa parte dos produtos consumidos pelas famílias do lugar, inclusive, tecidos.
Filhos:

- Nadyr Elvira dos Passos (*16/08/1925, São João do Itaperiú)
Casou com Annibal Bazilio Corrêa (*01/12/1918, Barra Velha), filho de José Bazilio Correa e Luiza Geraldina da Veiga, no dia 30/01/1943, na casa de José Augusto, em São João do Itaperiú. Se desquitaram em 19/03/1953.

- Nacir Passos (Cici) (*16/09/1930, São João do Itaperiú +12/04/2012, Joinville Sep: São João do Itaperiú).
Casou com Euclides Raul Monteiro (Soni) (*04/10/1923, Barra Velha +04/06/1996, São João do Itaperiú Sep: São João do Itaperiú), comerciante, filho de Everaldino Tristão MonteiroEleonora Maria Kleis, no dia 17/10/1946, na casa de José Augusto, em São João do Itaperiú. Moraram em São João do Itaperiú, onde ele foi comerciante e ela professsora.
          - [Ver filhos em Família Monteiro]

- Ademar José dos Passos (Mazico) (*24/10/1930). Foi farmacêutico e prefeito de Barra Velha.
Casou com Doralice Caetano (Dorinha) (*20/05/1936), filha de Ludovico José Caetano (Vica) e  Alice Maria Macedo, em 1951. Mudaram-se para Barra Velha, onde vivem atualmente.
          - Lucimar Terezinha dos Passos (*02/04/1952)
          - Jorge Luiz Passos (*09/07/1953)
          - Maria Aparecida dos Passos (Cida) (*23/06/1966 +)





5. Primitivo Julio Passos (*24/02/1893, Itaperiú, Barra Velha +Após 1941). Foi lavrador e comerciante.
Casou com Maria Luzia Hess (*29/06/1899, Luiz Alves), moradora no Itaperiú, filha de Jorge Hess e Angelina Bompani, no dia 29/12/1923, na casa de Julio Hess, no Itaperiú e no religioso no dia 31/01/1924, no Itaperiú. Foram testemunhas do civil: Abilio Julio dos Passos, 40 anos, negociante, neste distrito; Gildo Bompani, 44 anos, lavrador, em Luiz Alves; e Elisa Bompani Müller, 38 anos, serviço doméstico, em Luiz Alves. Também estavam presentes: Jorge Hess e Augusto Julio dos Passos. Do religioso: Abilio Julio dos Passos e João Valentim Hess.
Foi Inspetor de Quarteirão do Ai (1927). Em 05/1930, Primitivo Julio dos Passos foi nomeado Agente dos Correios do Itaperiú.
Filhos:

- Ester dos Passos (*28/10/1924, Itaperiú +13/04/2014, Hospital São Vicente, São Francisco do Sul, com 89 anos Sep: São Francisco do Sul). Foi auxiliar de Inspeção Escolar e auxiliar de farmácia.
Casou com Osny Justino Rosa (*18/05/1913, Itapocú), filho de Justino Garcia da Rosa e Maria Leonidia da Rosa, no dia 22/11/1941, na casa de Primitivo, no Itaperiú.

- Rachel dos Passos (*03/10/1929, Itaperiú)





6. Trajano Augusto dos Passos (*02/07/1897, Itaperiú, Barra Velha +Após 1939). Foi sapateiro.
Casou com Rosa Angelina Hess (*11/05/1903, Luiz Alves +06/02/1946, Mato Dentes, São Francisco do Sul, com 42 anos Sep: São Francisco do Sul), irmã de sua cunhada Maria Luzia, mulher de seu irmão Primitivo, filha de Jorge Hess e Angelina Bompani, moradores no Itaperiú, no civil dia 02/05/1925, na casa do Juiz de Paz Julio Henrique Ferreira, no Itaperiú. Foram testemunhas: Olimpio Ferreira Fagundes, Maria Augusta Julia Fagundes, e seu cunhado Primitivo Julio dos Passos e sua irmã Maria Hess dos Passos. Com o casamento passou a assinar-se Rosa Hess dos Passos. Moraram em São Francisco do Sul. O casamento religioso ocorreu no dia 05/06/1925, na Capela de São João do Itaperiú.
Filhos:

- Jurací dos Passos

- Iracema dos Passos

- Beneval dos Passos

- Jurandir dos Passos

- Dalmacio dos Passos

- Silvio dos Passos

- Walmor dos Passos





7. Acelina Julia dos Passos (*05/08/1897, Barra Velha +09/1985, Anápolis, Goiás). Morou no Itaperiú e foi professora pública da Escola Mista de Massaranduba (1917) e na Capela Santo Antonio (1918-1925?).
Casou com João Martins Soares (*11/03/1875, Itajaí), morador no Rio do Peixe, viúvo de Maria Silveira e Olindia Ana, filho de Francisco Luiz Soares Martins e Christina Leonor da Cunha, moradores nos Cunhas, no dia 27/06/1925, no cartório de Barra Velha.
Filhos:

- Odete Ivone Soares (*~1930)

- Jocelina Soares (*~1930 +30/03/1940, Rio do Peixe Sep: Rio do Peixe)

- Maria Estella (*~1932)





8. Ibrantina Julia Passos (*11/02/1900, Itaperiú, Barra Velha +Após 1941)
Casou com Olympio Ferreira Fagundes (*19/06/1896, Barra Velha +Após 1928), negociante, viúvo de sua irmã Maria Augusta, filho de José Ferreira FagundesArminda Joaquina Pereira, no dia 07/07/1928, na casa de Augusto, no Itaperiú.





Referências

- CARTÓRIO CIVIL. Livros de registros.
- IGREJA CATÓLICA. Livros de registros