Família Leal de Souza Nunes


Por Elis de Sisti Bernardes


Ainda no século XIX, estabeleceu-se na Freguesia de Barra Velha a família Leal de Souza Nunes.

Dois filhos de José Leal Nunes e Luiza de Souza Severina, naturais de Tijucas Grande: Miguel Leal de Souza Nunes João Leal de Souza Nunes.

Miguel e João eram irmãos de Gabriel Leal de Souza Nunes, 
Juiz de Direito da Comarca de Tijucas e avô do Deputado Federal Leoberto Leal, que faleceu no mesmo acidente aéreo que vitimou Nereu Ramos (ex-Presidente da República) e Jorge Lacerda (Governador de Santa Catarina).

Eram netos paternos de João Leal Nunes, natural da Freguesia de São José, e Maria Antônia, natural da Freguesia de São Miguel da Terra Firme, e maternos de Miguel de Sousa Soares, natural da Freguesia de São Miguel, e Ana Severina do Nascimento.

O pai deles, José Leal Nunes, faleceu no dia 25/04/1880, em Tijucas, aos 74 anos.




1. Miguel Leal de Souza Nunes (*~06/1836 Bat. 21/09/1836, Porto Belo Padr: Sebastião dos Santos Bustamante e sua mulher _ Candida +08/12/1894, Itapocú, após sofrer por muito tempo dos pulmões Sep: Itapocú), filho de José Leal Nunes e Luiza de Souza Severina. Sabia escrever. 

Foi negociante. Mudou-se para Barra Velha antes de 1871. 

Casou com Perpetua Rita Garcia, a Peta (ou Perpétua Vieira Régis) (*~09/1855, São Miguel Bat. 02/11/1855, São Miguel Foram padrinhos: Manoel Severiano e Anna Joaquina +16/02/1911, Joinville Sep: Joinville), filha (de criação?) de Justino Francisco Garcia e Rita Zeferina, por volta de 1871. Moraram no Sertão do Itapocú, Barra Velha (1872-1889).

Entre 19 para 20 de outubro de 1881 hospedou em sua casa o Dr. Olympio Adolpho de Souza Pitanga, Chefe do Partido Liberal e candidato à Deputado Geral, que estava em companhia do Capitão Tovar e Albuquerque, Cypriano José Correa e João Pereira da Costa Lima.

Em 1880 e 1881 foi nomeado alferes da 3ª Companhia da 2ª seção do Batalhão da Reserva da Guarda Nacional de São Francisco. Em 1884 foi nomeado Tenente da 7ª Companhia do 8º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional da Comarca de São Francisco. Em 1885 foi nomeado pelo Governo um dos três membros de comissão encarregada da construção da Matriz de Itapocu. Teve seu vinho de laranjas produzido no Itapocú exposto na Exposição Nacional de 1888 e 1889, sendo premiado com medalha de bronze.

Foi integrante do Colégio Eleitoral de São Francisco do Sul por Barra Velha, sendo Vice-Presidente do Diretório de Partido político em 1881, aderindo ao Partido Republicano do Itapocu com a Proclamação da República, sendo o vice-presidente do Club Republicano. Foi vereador de Paraty (Araquari) no exercício de 1887-1890, sendo o Intendente Municipal de Paraty até 1890, quando pediu exoneração.

Miguel faleceu no dia 08/12/1894, no Itapocú, após sofrer por muito tempo dos pulmões. Foi sepultado no Itapocú. Viúva, Perpétua mudou-se para Joinville.

Perpétua faleceu com 56 anos, no dia 16/02/1911, às 8 e meia da manhã, em um domicílio à Rua São Pedro, em Joinville, vítima de um "ataque cerebral". Em 18/04/1911, em Joinville, deu-se início ao inventário dos bens de Perpétua Garcia Leal, sendo inventariante seu filho Athanasio Leal.

Filho:


- Athanasio Garcia Leal (*12/05/1872, Barra Velha Bat. 11/08/1872, Barra Velha Padr: Justino Francisco Garcia e sua mulher Clarinda Luiza Garcia +09/09/1926, Joinville, vítima de perfuração interna Sep: Joinville). Sabia escrever. Foi negociante e empregado do comércio. Em 1890 morou em Curitiba, PR e trabalhou no comércio. Morou no Itapocú (1891).
Casou com Eulalia Justina Garcia (*31/07/1874, Itapocu +Entre 1937-1958), professora pública no Itapocú (1896-1897), filha de Justino Francisco Garcia e Clarinda Luiza da Silveira, no dia 20/11/1897, na casa de Athanasio, pelo cartório do Itapocú. Moraram no Itapocuzinho (1906) e em Joinville (1910-1926). Em Joinville moraram à Rua São Pedro, próximo à esquina com a Rua São Paulo.
Em 1903 ele foi nomeado suplente do juiz de direito da comarca de Joinville. Em 1910 viajou à Curitiba. No mesmo ano participou da recepção ao Sr. Abdom Baptista. Em 26/01/1916, Athanasio recebeu do Estado de Santa Catarina a concessão de 10.890,000m² de terras no lugar Itajuba, em Barra Velha. Em 1917 era empregado na casa Jordan, Gerken & Cia. Em 1918 viajou à Florianópolis para matricular a filha Déa na Escola Normal (Magistério)Retornou no Paquete Anna de Florianópolis para São Francisco. Em 1918 compareceu à recepção do então Senador Hercílio Luz.
Filhos:

- Déa da Conceição (*19/05/1900, Itapocuzinho Bat. 05/08/1900, Joinville Padr: Belarmino Garcia e Perpétua Leal). Cursou a Escola Normal (Magistério), em Florianópolis.
Casou com Hildebrando Reinert, filho de Alexandre Manoel Reinert e Benta Maria Zunino.
Filhos:
          - Hildéa Leal Reinert
          - Hildemar Leal Reinert 
          - Hildeu Leal Reinert 
          - Hildemir Leal Reinert 
          - Hildeberto Leal Reinert 
          - Hildebrando Leal Reinert 
          - Hildete Leal Reinert 
          - Hildeneo Leal Reinert

- Maria Eulália Leal (*01/06/1904 Bat. 09/04/1905, Itapocu, Barra Velha Padr: Belarmino Garcia e Helena Garcia +Após 1926)

- Esther Leal (*16/04/1906, Itapocuzinho Bat. 25/08/1906, Itapocuzinho Padr: Abilio Justino da Rosa e sua mulher Isabel Vieira da Rosa +06/02/1983, Curitiba, PR Sep: Joinville)
Casou com Ovídio Pereira da Silva (*08/12/1900 +11/08/1965 Sep: Joinville), no dia 07/03/1942, na casa dos pais da noiva.

- Emmanoel Hermes Garcia Leal (*28/08/1908 Bat. 25/04/1909, Joinville Padr: José Honorato Peixer e Perpétua Rita Garcia Leal +09/06/1958, Joinville, de insuficiência cardíaca Sep: Joinville). Foi mecânico. 
Casou com Irma Wally Colin (*12/03/1912, Joinville +05/06/1948, Joinville Sep: Joinville), filha de Bruno Colin e Emilia May, no dia 05/02/1938, em oratório particular.

- Joel Leal (*13/04/1913, Joinville +24/04/1987, Hospital Regional, Joinville Sep: 
Joinville). Foi empregado no comércio. Morou em Rio Negro, PR.
Casou com Ione Pinto Cordeiro (*27/05/1919, Curitiba +Após 1987), filha de Gumercindo Pinto Cordeiro e Maira Izabel Cordeiro, no dia 24/04/1937, em Rio Negro. Moraram em Joinville.
Filhos:
          - Nelson Leal (*~1938)
          - Neuza Leal (*~1939)

- Regina Leal (*~1915)





- Escravos de Miguel Leal de Souza Nunes:


- Maria Raimunda Vieira. Mulata. Escrava de Miguel Leal de Souza Nunes.
Filhos:
- Paulo (*20/01/1871 Bat. 02/07/1871, Barra Velha Padr: Ricardo, escravo de Manoel Alberto e Ritta Ignacia da Conceição, escrava de Joaquim Antonio Marcellino). Escravo de Miguel.


Maria (*~1863), crioulaEscrava de Miguel Leal de Souza Nunes comprada de Francisco Gomes de Oliveira, em 17/03/1879, em Joinville, pelo valor de setecentos mil réis mais quarenta mil réis do imposto de meia siza de escravo, conforme registro no Tabelionato Rodrigo Lobo.
Filhos:
- Gaspar (*25/03/1885 Bat. 12/10/1885, Barra Velha Padr: Antonio, liberto e Rita, liberta). Nascido livre.





2. João Leal de Souza Nunes (*~1841, Tijucas +19/05/1901?), filho de José Leal Nunes e Luiza de Souza Severina. 

Casou com Donaria Maria da Conceição (*~1842, Tijucas +Antes 1869), filha de Tomé da Rocha e Maria. Moraram em Tijucas. Mudou-se para Barra Velha antes de 1866, provavelmente já viúvo.

Viúvo, João casou com Leonida Raimunda Maria Vieira (*~1857, Desterro +27/04/1907, Joinville), filha de José Raimundo Vieira e Maria Emília da Conceição, por volta de 1868. 

Era mestre do iate nacional Espírito Santo, de 18 toneladas, que em 1873 e 1874 viajava de Itapocú levando farinha de mandioca para a capital Desterro e levava carga de Desterro para Itapocoroy (Penha). Em 1874 João Leal de Souza Nunes requereu ao Estado a concessão de terras no Itaperiú, na freguesia da Barra Velha, São Francisco do Sul.

Em 01/07/1882 João pediu ao Estado para comprar mil braças de terras de frente com mil de fundo, no lugar denominado Cento do Itaperiú, ao sul do rio Itapocú. No dia 13/09/1882, João Leal de Souza Nunes recebeu do Estado de Santa Catarina a concessão de 484.000m² em Barra Velha. Em 1883 João requereu ao Estado a anulação da venda de terras feita a Jeremias José Bernardes, em Itapocú, pois eram as mesmas concedidas a ele. 

Foi mestre da lancha nacional Dona Francisca, de 20 toneladas, que em 1883, dentre alguns de seus destinos, levava carga de vários gêneros de São Francisco para Guaratuba.

Segundo relato oral, João Leal de Souza Nunes tinha uma serraria localizada onde hoje é o município de São João do Itaperiú, na região da atual Rodovia SC 415, há 6 km da BR 101, e resolveu arrendá-la, pois por ser um local pouco habitado, não conseguia empregados, arrendando-a para Feliciano Coelho e seu irmão Norberto Coelho. 

Em 1887 colocou a venda uma propriedade em Joinville. Mudou-se para Joinville (1882-1893), onde ele foi lancheiro/barqueiro.
Jornal Folha Livre. Joinville, 1887.

Em 1893, ele e o filho Epiphanio formalizaram um comércio de compra e venda de fazendas, ferragens, armarinho, gêneros do país, entre outros no Estado do Paraná.

A República. Curitiba, 1893.

João faleceu entre 1893 e 1907.

Leonidia faleceu com cerca de 60 anos, no dia 27/04/1907, em Joinville, em seu domicílio na Rua do Mercado, de bronquite crônica, deixando oito filhos. Foi sepultada em Joinville


Filhos com Donaria: 


- Domingos Leal de Souza (*~1863, Tijucas). Morou em Tijucas.
Casou 1º com Bruna Maria Pires (*~1865 +Antes 1892), filha de João Pires e Maria Francisca de Bastos, no dia 26/09/1886, na Matriz de Tijucas.
Viúvo, casou com Luiza Advincenta Muller (*~1872, Tijucas), moradora em Porto Bello, filha de João José Muller e Luiza Roza de Souza Nunes, no dia 14/05/1892, no cartório de Porto Bello e no dia 03/11/1894, em Tijucas.
Filhos com Luiza: 
Heraclides Leal de Sousa (*10/08/1897)
- João (*02/10/1902, Porto Belo)
- Sebastião de Alcantara Leal (*19/10/1903, Tijucas +09/03/1984, Curitiba, PR Sep: Tijucas)
Casou com Alaide Ferreira (+Antes 1984). Filhos: Zelena Ferreira Leal, Zenir e Sidinei.


- João Leal e Silva (*1863, Tijucas +01/10/1911, Itaperiú, de cancro, após sofrer por 6 meses Sep: Itapocú). Morou no Itapocú (1893). Sabia escrever. Foi nomeado 2º suplente do subdelegado de Polícia do Itapocú (1890), Inspetor de Quarteirão (1896), foi embarcadiço e negociante, possuindo um comércio de fazendas, secos e molhados. Em 1909 viajou para Florianópolis.
Commercio de Joinville, Joinville, 19 ago. 1911.

Casou com Etelvina Lucinda da Silveira (*23/11/1870 +Entre 1927-1945), filha de Manoel José da Rosa da Silveira e Lucinda Rosa, moradores no Itapocú, no civil dia 01/01/1893, pelo cartório de Barra Velha e no dia 05/01/1893, na Matriz de Barra Velha. Foram testemunhas: Miguel Leal de Souza Nunes e Manoel Jacintho Duarte. Moraram no Sertão do Itapocú e no Itaperiú e Medeiros (1927). 
Filhos: 

- Laudelino Roza Leal (*13/09/1893, Itaperiú, Sertão do Itapocú +28/02/1945, São Francisco do Sul, de insuficiência cardíaca Sep: São Francisco do Sul). Foi negociante e operário e carpinteiro (1945). Morou no Itaperiú (1893-1927). Foi agente fiscal de Barra Velha (Paraty) e integrante do Partido Liberal de Barra Velha.
Casou com Lylia Rosa (ou Lidia) (*~1892 +09/09/1927, Itaperiú Sep: Itapocú), filho de Onofre Francisco da Rosa e Leonyda Garcia da Rosa. Moraram no Itaperiú (1893-1927).
Viúvo, casou com Maria Barbosa Ferreira (*09/09/1910, Campo Bello, Lages +Após 1966), filha de Julio Henrique FerreiraFelicidade Rodrigues Barbozano dia 17/11/1934, no cartório do Itapocú. Moraram em São Francisco do Sul. 
Filha com Lylia:
          - Maria das Neves Leal (*Antes 1927)
Filhos com Maria:
          - Lilia Leal
          - Waldemar Leal




Filhos com Leonida:


- Epiphanio Vieira Leal (*07/04/1869 Bat. 03/01/1871, Barra Velha Padr: Miguel Leal de Souza Nunes e Maria Emilia da Conceição +07/07/1956, 
São Francisco do Sul Sep: Vila da Glória, São Francisco do Sul), foi negociante, morou em Rio Negro, PR.
Casou com Rosa Bella Ferreira (*13/07/1872, Rio Negro +23/12/1944, Mafra Sep: Mafra), moradora de Rio Negro, filha de Antonio Vicente Ferreira de Andrade e Leopoldina Isabel dos Santos, no dia 11/02/1892, no cartório de Rio Negro, PR. Moraram em Rio Negro e Mafra. Em 1893, ele e o pai formalizaram um comércio de compra e venda de fazendas, ferragens, armarinho, gêneros do país, entre outros no Estado do Paraná. Em 1909, Epiphanio Vieira Leal e João Schwartz receberam permissão para fundarem uma fábrica de pólvora em Joinville.
Filhos:
- Itelvina Ferreira Leal (*27/11/1892, Rio Negro, PR +17/05/1893, Rio Negro, Paraná)
- Maria Leal (*28/01/1894 +06/04/1960, Mafra). Casou com Sebastião Saner. Deixaram 5 filhos.
- Antonio Ferreira Leal (*~1897, Mafra)
Casou com Leonidia Bernarda de Souza (*20/08/1900, São Francisco do Sul +23/09/1983), no dia 10/05/1920, em São Francisco do Sul. Filho: Ancentino Ferreira Leal (*10/10/1924)
- Amalia Ferreira Leal (*~1898, Mafra)
Casou com Anibal de Freitas Ledoux (*07/01/1891, São Francisco +27/08/1973, São Francisco do Sul), no dia 27/12/1919, em São Francisco do Sul. Moraram em São Francisco do Sul. Tiveram filhos.
- Anna Leal (*~1899)
- Vidal Leal (*~1900)
João Vieira Leal (*~1905 +07/11/1974Rio de Janeiro Sep: São Francisco de Paula, Rio de Janeiro)
Casou com Leonilla da Silva Wildener (*03/12/1911, São Francisco do Sul), filha de João Frederico Wildner e Joanna da Silva, no dia 06/09/1930, em São Francisco do Sul. Deixaram 4 filhos.
Adelaide Leal (*~1906). Casou com _ Cruz.


- José Vieira Leal (*21/04/1870, Barra Velha 
Bat. 03/01/1871, Barra Velha Padr: Claudino José Duarte Silveira e a invocação de Nossa Senhora da Penha +18/08/1911, Santos). Morou em Santos, SP.
Casou com sua prima Maria Conceição Leal (*10/10/1884 +01/08/1978), filha de seu tio paterno Serafim Leal de Souza Nunes e Maria José Regis Pereira, no dia 30/04/1904, no cartório de Nova Trento. Moraram em Santos (1904-1911).
Filhos:
- Edithe Vieira Leal (*~1905 +30/01/1907, Nova Trento, com 18 meses, de ataque de bichas Sep: Nova Trento)
- Oscar Brasil Leal (*01/05/1906, Santos, SP +13/11/1955, Santos, SP). Foi guarda-livros.
Casou com Helena Fidencio (*18/06/1912, Tijucas), filha de João Henrique Fidencio e Maria Olivia, moradores de Santos, no dia 11/05/1935, em Santos, SP.
- Edite Leal (*06/11/1908 +30/10/1938, Santos, SP)


- Gualberto Leal Nunes (*17/08/1872, Penha +30/06/1957). Em 15/06/1903 declarou que passaria a assinar-se Gualberto Leal Nunes e não mais João Gualberto Leal Nunes. Foi Capitão e negociante. 
Em 1894 foi nomeado Capitão do Batalhão Menezes Doria no Paraná. 
Casou com Maria Sebastiana Mueller (*20/01/1873, Camboriú), filha de João Mueller e Damasia Leal de Souza, no dia 25/04/1896, no cartório de Porto Belo, e no dia 16/05/1900, na Matriz de Santo Amaro da ImperatrizMoraram em Santo Amaro da Imperatriz. Moraram em Porto Belo, Tijucas (1896-1903). Em 1903 requereu uma porção de terrenos de marinha na Vila de Porto Belo, tendo frente para o mar, fundo em terrenos dele mesmo, pelas laterais com a rua Dr. Hercílio Luz. Em 1904 discursou na inauguração do telégrafo em Porto Belo. Em 1904 a 1911 foi Subdelegado de Polícia de Porto Belo. Em 1906 viajou à Desterro. Em 1908 o Governo do Estado contratou com Gualberto e Antonio Jorge Fadel a construção de uma ponte sobre o Rio Perequê (inaugurada no mesmo ano) e a reconstrução da estrada que vai desse rio até a vila de Porto Belo e em 1909 para a reconstrução da casa da cadeia de Porto Belo. Em 1916 esteve em Florianópolis. Em 1917 foi Superintendente Municipal de Porto Belo. Em 1918 foi Presidente do Diretório do Partido Republicano. Em 1916 retirou-se da sociedade na firma comercial Antonio Fadel & Comp. Em 1921 foi nomeado membro da comissão municipal de Porto Belo para a Exposição Nacional do Centenário da Independência. Foi chefe escolar de Porto Belo (1904-1933), exonerado a seu pedido em 1933. Em 1941 foi membro da comissão paroquial.
Filhos:
Viriato Leal Nunes (*03/02/1897) 
Casou com Alzira de Almeida (*~1903, Desterro), filha de João Serapião de Almeida e Filomena Vargas, no dia 07/08/1930, na Matriz de Porto Belo. Moraram em Florianópolis.


João (*12/07/1873 Bat. 31/08/1873, Penha Padr: Antonio Joaquim de Macedo e sua mulher Maria Vieira de Macedo)


Hermogenes Vieira Leal (*09/10/1874 Bat. 07/02/1875, Penha Padr: Amandio Soares e Anna Maria Macedo). Foi Guarda da Fiscalização de Impostos de Rio Negro, PR.
Casou com Anastacia Marchalek (*~1874), filha de Felix Marchalek e Wanda. Moraram em Rio Negro, PR e mudaram-se para Santos, SP, onde ele foi comandante da Guarda Noturna Comercial (1910-1918).
Filhos:
Julita Vieira Leal (*03/04/1905, Rio Negro)
- Diomedes Marchall Leal (*16/01/1907, Rio Negro, PR +06/11/1972, São Paulo). Foi dentista. Morou em Santos, SP.
Casou e teve filhos.


- Olídio Vieira Leal (*29/07/1878, Barra Velha Bat. 01/10/1882, Joinville Padr: Padre Carlos Boegershausen e Camila Francisca da Roza +03/12/1952, São Paulo Sep: São Paulo). Em 1894 foi nomeado Alferes para o Batalhão Menezes Doria no Paraná. Foi comandante da Guarda Noturna Comercial de Santos por 5 anos e 3 meses, deixando o cargo em 1910 quando foi nomeado terceiro escriturário da Recebedoria das Rendas Estaduais de Santos, SP, cargo que ainda ocupava em 1939. Em 1916 foi nomeado Capitão da Guarda Nacional.
Casou com Rosina de Sampaio. 
Filhos:
- Rosina de Sampaio Leal 
Casou com José Maria de Freitas.
- America de Sampaio Leal 
Casou com Luiz de Gonzaga Leite Chaves.
- Olidio de Sampaio Leal
Casou com Beatriz Queiroga.
- Alaíde de Sampaio Leal (+Antes 1952)
Casou com Antonio Nelson Junqueira.
- Oneida de Sampaio Leal
Casou com Flavio de Arruda Macedo.


- Leonidas Vieira Leal (*07/10/1879, Rio Negro Bat. 26/03/1881, Barra Velha, como "Leonido" Padr: Vigário João Domingos Alvares Veiga e Joaquina Rosa de Jesus +21/03/1948 Sep: Tijucas). Morou em Porto Belo. Em 1902 foi engajado voluntário no Corpo de Infantaria da Marinha no Rio de Janeiro, em 1903 foi soldado, dispensado para residir em SC e em 1914 foi licenciado Cabo de 2ª Classe da Marinha em Santa Catarina. Em 1917 possuía uma cocheira, em Itajaí.
Casou com sua prima Hermínia Tercilia Leal Müller (*24/12/1881, Camboriú +22/09/1965), moradora de Porto Belo, filha de João José Müller e sua tia paterna Damasia Leal de Souza Nunes, no dia 05/12/1903, no cartório de Porto Belo, e no dia 10/08/1905, na Matriz de Porto Belo.
Filhos:
- Reynaldo Muller Leal (*22/10/1904, Zimbros, Porto Belo). Foi tenente.
Casou com Maria Eller Priesart.
- Raul Müller Leal Vieira (*23/10/1905, Porto Belo)
- Maria Leal (*30/05/1909, Porto Belo)
Casou com João Abraham (*~1909), filho de Carlos Abraham e Apolinaria Handchen, no dia 16/05/1934, em Porto Belo
- [Feto masculino] (*+06/11/1911, Porto Belo)
- Antenor Leal (*11/05/1913, Porto Belo). Foi empregado no comércio. Morou em Entre Rios, PR.
Casou com Ivone Cacilde Jensen (*08/04/1922, Ponta Grossa, PR), filha de Rodolfo Jensen e Amalia Justus, no dia 11/11/1939, em Entre Rios, Ponta Grossa, PR.
- Conrado Leal (*22/09/1914, Itajaí +31/03/1979, Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, Lages Sep: Itacorubi, Florianópolis). Foi industriário. Casou com Maria Pernes. Moraram em Santa Cecília, SC. Filhos: Cesar Leal e Celso Leal.
- Antonio Müller Leal (*06/04/1916, Itajaí)
- Odette Leal Silva (*06/06/1917, Porto Belo)
- Walter Muller Leal (*11/03/1922, Tijucas +2010, Blumenau)
- Zulma Müller Leal (*02/01/1924, Porto Belo). Gêmea de Zilda.
- Zilda Müller Leal (*02/01/1924, Porto Belo). Gêmea de Zulma.


- Isolina Vieira Leal (*~1880)


- Maria Vieira Leal (*13/05/1884, Joinville Bat. 24/10/1884, Joinville Padr: Crispim Antonio de Oliveira e sua mulher Rosa Amalia de Oliveira +21/10/1977, São José do Rio Preto, SP)
Casou com Calil Morad (*27/10/1875, Síria +08/10/1956, Santa Casa, Santos, SP Sep: Paquetá), israelita, comerciante, filho de Ibrahim Morad e Latife Assis. Moraram na Travessa A. Ximenes, nº 8, em Santos, SP.
Filhos:
- Eduardo Leal Morad (*27/11/1903, Santos +27/08/1981, Santa Casa, Santos, SP Sep: Paquetá)
- Ibraim Leal Morad (*25/12/1905, Santos, SP +20/10/1970, Santa Casa, Santos, SP Sep: Paquetá)
Casou com Maria de Lourdes Castro Pitta Barboza (*26/10/1913, Santos +Antes 1970), filha de Antonio Souza Pitta Barboza e​ Isaura Castro Pitta Barboza, no dia 08/10/1936, em Santos, SP. Filhos: Vera Hosanna Pita Barbosa Morad (*09/09/1937, Santos)
- Clarice Leal Morad (*10/05/1909Santos +02/09/1990, Santos, SP Sep: Crematório de SP). Casou com Argemiro Leal (*09/05/1901, Vargem Grande, SP), cirurgião dentista, filho de Christiano Garcia Leal e Faustina Garcia Leal, no dia 07/05/1932, em São Paulo. Moraram em Santos, SP. 
Calil Leal Morad (*07/03/1913, Santos, SP)
Casou com Maria das Dores Garcia (*18/09/1921, Santos), filha de Manuel Garcia e Hermecinda Garciano dia 22/01/1942, em Santos, SP. Filhos: Carlos Eduardo Garcia Morad (*31/05/1944, Santos); Maria Cecilia Garcia Morad (*12/04/1950), engenheira.
- Maria de Lourdes Leal Morad (*27/10/1914, Santos, SP)
Casou com José da Silva Junqueira (*27/09/1911, Campos Gerais, MG), farmacêutico, filho de Boaventura da Silva e Helena Lucia Junqueira, no dia 23/09/1936, em Jardim Paulista, SP.


- Lourença Leal (*10/08/1886, Joinville Bat. 13/10/1886, Joinville Padr: Procopio Gomes d'Oliveira e e sua mulher Maria Balbina de Miranda de Oliveira)







Referências

- CARTÓRIO CIVIL. Livros de registros.
- IGREJA CATÓLICA. Livros de registros.
- MAFRA, Inácio da Silva. Famílias Mafra. Genealogia.
- MEMÓRIA POLÍTICA DE SANTA CATARINA. Biografia Leoberto Leal. 2022. Disponível em: <https://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/biografia/1215-Leoberto_Leal>. Acesso em: 12 de agosto de 2022.