Por Elis de
Sisti Bernardes
Nasceu no dia 30 de
janeiro de 1839 na cidade de Santos, São Paulo, recebendo o mesmo nome do pai, Antonio
Francisco Nobrega, que era natural da Ilha do Faial,
nos Açores, e filho ilegítimo
de José da Silveira Dutra e de Isabel Joaquina, ambos da Ilha do Faial. Sua
mãe, Theresa Maria de Jesus, nasceu em São Francisco do Sul no dia 07 de
dezembro de 1806, filha de Antonio de Carvalho Bueno, natural de São Paulo e de
Bárbara Jacinta Leite de Moraes, natural de São Francisco do Sul.
Sua família tinha
bons recursos e era bem relacionada, dentre seus membros encontram-se padres,
militares e inúmeros políticos. O avô materno era de longa e
tradicional linhagem paulista e bandeirante, sendo o último capitão-mor de São
Francisco do Sul e o homem mais rico e importante do Norte de Santa Catarina no
início do século XIX. A avó materna era filha de Francisco Leite de Moraes,
natural de Porto, Portugal, e de Maria Úrsula Peregrina, natural de São
Francisco do Sul. Francisco foi Capitão de Infantaria em São Francisco do Sul e foi comerciante em Paranaguá e em São
Francisco do Sul, onde também foi Juiz de órfãos. Já Maria Úrsula era da
família Gonçalves Cordeiro, controladores do comércio em Paranaguá no século
XVIII.
Dentre seus tios
maternos está João Mathias de Carvalho Bueno, que foi cônego da Capela Imperial
e professor e reitor do Seminário de São José no Rio de Janeiro, além de ter
sido eleito representante de Santa Catarina à Assembleia Geral Legislativa do
Império. Já do segundo casamento de seu avô materno, com Antonia Maria do Carmo, há também Manoel Julio de
Carvalho Bueno, pouco mais velho que Antonio e que também se tornou padre.
Antonio foi batizado
no dia 18 de fevereiro de 1839, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Santos,
pelo Padre José Antonio da Silva Barbosa. Foram padrinhos, seu avô materno, o
Capitão-Mor Antonio Carvalho Bueno, por procuração dada a Manoel Vicente da
Silveira Nobrega, e Dona Maria Rufina da Silveira Nobrega. Todos eram moradores
de Santos, com exceção do avô que era morador da vila do Rio São Francisco.
Ainda na menor idade,
com menos de dois anos, sua família mudou-se para a Freguesia de Nossa Senhora
da Graça do Rio São Francisco, atual São Francisco do Sul, onde morava a
família de sua mãe e onde seu pai foi nomeado alferes da 1ª Companhia do 8º Batalhão Imperial. Em São Francisco
nasceram suas quatro irmãs, Firmina Julia Nobrega, em
1841; Emilia Julieta Nobrega, em 1843; Maria Virgínia da Graça Nobrega, em 1849; e Thereza Adelina Nobrega, em
1852. Em São Francisco do Sul, além de alferes seu pai foi nomeado tenente e capitão, além de ter sido delegado de polícia. Após o falecimento do pai, por volta de 1860, todas as irmãs se casaram
com jovens de importantes famílias francisquenses.
Emilia Julieta se casou
com José Antonio de Oliveira, viúvo de sua primeira mulher, Amélia Correia de
Freitas e filho de José Antonio de Oliveira, comerciante no Paraty, e de
Cesarina Maria de Jesus. José foi coronel, juiz, grande proprietário e
comerciante em São Francisco e um dos homens mais ricos em Santa Catarina no
final do século XIX. Tiveram doze filhos, entre eles, Alfredo Nobrega de
Oliveira, deputado estadual; Olímpio Nobrega de Oliveira, pai de Plácido
Olímpio de Oliveira, governador interventor de Santa Catarina em 1933, deputado
estadual, federal, e prefeito de Joinville; Thereza Augusta Nobrega de
Oliveira, esposa de Abdon Batista, que foi prefeito de Joinville por duas
gestões, deputado estadual, federal e senador da República, além de vice-presidente
da Província de Santa Catarina no Império e vice-governador na República; Maria
José de Oliveira, mãe do senador Brasílio Celestino de Oliveira; além de
Cesarina Adelina de Oliveira que se casou com o capitão João Gomes de Oliveira,
vereador e irmão do prefeito de Joinville, Procópio Gomes de Oliveira; e Maria
Eugenia de Oliveira que casou com Arnaldo Claro de São Thiago, deputado estadual.
Sua outra irmã, Firmina
Julia, se casou com José Emigdio Nobrega, seu primo, filho do capitão João
Vicente Nobrega Dutra e de Ursula Maria de Jesus, irmã de sua mãe. José Emigdio foi tenente,
capitão, promotor público, escrivão da Coletoria das Rendas Provinciais e administrador
da Mesa de Rendas Estaduais em São Francisco, e com ela teve sete filhos.
Maria Virgínia se casou
com Alexandre Ernesto de Oliveira, filho do tenente-coronel Joaquim José de
Oliveira Cercal e de Maria Teresa Lopes de Azevedo. Alexandre foi deputado provincial,
promotor público em Tubarão, administrador da Mesa de Rendas Estaduais de São
Francisco e recebeu a patente de tenente-coronel comandante do 5º Batalhão de Infantaria
de Itajaí e Nossa Senhora da Graça de São Francisco, com quem teve sete filhos,
entre eles Jayme Ernesto de Oliveira, que foi prefeito de Joinville e Teresa
Ernestina de Oliveira que se casou com Mário de Sousa Lobo, que foi deputado.
Já Thereza Adelina
se casou com Antonio Francisco Caldeira, seu primo materno, filho de José
Antonio Caldeira e de sua primeira mulher, Francisca Clara de Jesus, irmã de
sua mãe. Seu marido era um dos mais ricos comerciantes de São Francisco, ocupando
inúmeros cargos de destaque, como Major e presidente da Câmara de São Francisco.
Tiveram sete filhos, entre eles o deputado estadual Lucio Antonio Caldeira.
Quando jovem,
Antonio Francisco Nobrega foi estudar no ainda existente Seminário São José, no
Rio de Janeiro, onde seu tio, cônego João Mathias, trabalhava como professor e posteriormente como reitor, tendo seus estudos
custeados por ele. Este seminário formava a elite religiosa e administrativa do
Império. Além do cultivo das ciências naturais, das línguas latina, francesa e
portuguesa, se ensinava o Regalismo, doutrina que definia a Igreja Católica
como órgão do Estado. Antonio frequentou o curso de Teologia Dogmática.
No início do ano, Antonio partia do Porto de São Francisco até o Porto do Rio de Janeiro para
estudar no Seminário. A viagem, realizada em embarcações como patachos ou
sumacas, durava em média oito dias. No fim do período letivo retornava à São
Francisco. Seu pai viajava constantemente ao Rio de Janeiro e o acompanhou algumas
vezes. Na mesma época, seu tio Manoel Julio, também estudava no seminário. Antonio
viajou algumas vezes em companhia de Manoel Julio e uma na do Padre Joaquim
Francisco Pereira Marçal, que era pároco de Paraty. Durante o período que
estudou no Seminário, sua família também viajou até o Rio, permanecendo lá por
mais de quatro meses.
Quando Antonio tinha
14 anos, em agosto de 1855, seu tio, o cônego João Mathias faleceu, deixando para
ele, seu principal herdeiro, dividendos e ações do Banco do Brasil e da Estrada
de Ferro Dom Pedro II e um valor em dinheiro, somando dezenove contos de réis,
quantia expressiva para a época.
Aos 22 anos, em 29
de dezembro de 1861, foi ordenado presbítero por Dom Manoel do Monte Rodrigues
de Araújo, o Conde de Irajá.
Iniciou sua vida religiosa em São Francisco, onde foi vigário paroquial como neopresbítero entre 1862 a 1864. Em 24 de maio de 1864 foi designado vigário encomendado da freguesia do Santíssimo Sacramento de Itajaí, onde em 16 de agosto de 1865 foi nomeado subdiretor da Escola da Vila de Itajaí. Enquanto trabalhou em Itajaí foi também encarregado de Nossa Senhora da Penha de Itapocoroy.
Dom Manuel do Monte Rodrigues de Araújo, Conde de Irajá em litografia de S. A. Sisson |
Iniciou sua vida religiosa em São Francisco, onde foi vigário paroquial como neopresbítero entre 1862 a 1864. Em 24 de maio de 1864 foi designado vigário encomendado da freguesia do Santíssimo Sacramento de Itajaí, onde em 16 de agosto de 1865 foi nomeado subdiretor da Escola da Vila de Itajaí. Enquanto trabalhou em Itajaí foi também encarregado de Nossa Senhora da Penha de Itapocoroy.
Padre Antonio Francisco Nobrega (Album do Estado de Santa Catharina, 1905) |
Com o falecimento do seu primo, Padre Benjamin Carvalho de Oliveira, que era vigário colado da igreja e da vara da comarca de São Francisco, ocorrido em 27 de maio de 1867, Padre Nobrega foi nomeado interinamente pelo Arcipreste da província em 29 de junho do mesmo ano para substituí-lo como vigário encomendado da freguesia de Nossa Senhora da Graça de São Francisco do Sul. No dia 04 de dezembro de 1870 foi nomeado vigário da Vara da Comarca Eclesiástica do Rio São Francisco do Sul. Permaneceu em São Francisco até o fim de sua vida, onde veio a ocupar o cargo de vigário colado, ou seja, vitalício.
Em São Francisco foi
vizinho da jovem Theodora Leopoldina d’Assumpção. Theodora nasceu no dia 11 de
setembro de 1855 e era filha de Francisco José de Quadros e de Anna Maria da
Graça de Jesus. Seu pai faleceu precocemente, quando ela ainda era criança,
deixando a família em dificuldades financeiras, mas residindo em boa casa
próxima da Igreja Matriz, onde foi vizinha do padre e arrumadeira da igreja. Era
uma moça de boa família e recatada e por ela o padre se apaixonou. Aos 16 anos
Theodora engravidou da primeira filha do casal, Maria Elisa Nobrega, nascida em
25 de março de 1873.
Padre Antonio conviveu
maritalmente com Theodora, com quem teve mais 15 filhos: Firmina Jovita, nascida em 15 de fevereiro de 1875; Theotonia, em 17 de janeiro de 1877; João, em 13 de fevereiro de 1878; Theresa Olimpia, no dia 11 de abril de 1879; Theresa Augusta, a Leleca, no dia 11 de abril de 1881; Carlos,
o Sinhoca, em 15 de outubro de 1883; Laura, em 10 de outubro de 1885;
Antonio, no dia 22 de agosto de 1886; Maria do Carmo,
em 18 de julho de 1888; Francisco, o Chico, em 20 de outubro de 1889;
João Salustiano, em 10 de junho de 1891; Mario Deoclecio, em 28 de outubro de 1892; Maria
Eugênia, em 09 de dezembro de 1894; Adelina, em 15 de março de
1896; e a caçula Anna Lucia Nobrega, a Nicota, nascida em 15 de abril de 1898. Por não
serem casados, seus filhos foram batizados com pai incógnito, porém,
civilmente, todos receberam o sobrenome do pai, Nobrega. Discreto, pôs sua
família a morar no Paulas, localidade então afastada do Centro, na Rua da
Pedreira, em uma casa que construiu por volta de 1880. Após 1891 a família morou na Rua da
Graça, ao número 8, onde viveu por muitos anos e Theodora trabalhou como
costureira.
O filho Mario Deoclesio Nobrega, em 1927 (Claudia Mauch, 2011) |
O Padre Nobrega era
muito respeitado em São Francisco do Sul, ninguém se opunha ao fato de ter vida
privada em paralelo. Na época, o Papa, autoridade mor da Igreja católica, teve
conhecimento da quebra do celibato clerical, mas determinou silêncio sobre o
assunto.
Dos dezesseis filhos,
quatro faleceram enquanto o padre ainda era vivo. João faleceu 24 horas
após seu nascimento. Antonio faleceu aos quatro anos, no dia 01 de novembro de
1891, vítima de diarreia. Maria Eugênia faleceu também com quatro anos, de
febre perniciosa, em 17 de dezembro de 1898. Por fim, Laura, que
faleceu já adulta, depois de casada, aos 33 anos, no dia 23 de agosto de 1919, vítima de
tuberculose pulmonar.
Os seus filhos se casaram e a família se multiplicou com o nascimento dos netos e bisnetos, somando grande descendência.
Os seus filhos se casaram e a família se multiplicou com o nascimento dos netos e bisnetos, somando grande descendência.
Quando, em 24 de janeiro de 1870, recebeu a visita dos padres
jesuítas que estavam realizando as santas missões, Padre Nobrega não poupou esforços para provar seu zelo e educação, demonstrando seu espírito religioso. Todas as despesas com as
missões ficaram por sua conta. No dia 04 do mês seguinte no regresso dos missionários
até Desterro, juntamente com mais de cinquenta pessoas, o padre os acompanhou até
Araquari.
Ativo na comunidade
francisquense, foi nomeado no ano de 1872 para fazer parte de uma comissão para
agenciar donativos destinados à construção de um edifício para nele funcionar
uma escola pública de instrução primária em São Francisco. Com a inauguração da
Escola Noturna Gratuita Sete de Setembro em São Francisco no dia 07 de setembro
de 1874 foi eleito diretor e nesta escola lecionou latim.
Foi encarregado para
paroquiar conjuntamente com a freguesia de São Francisco a freguesia de Nossa
Senhora da Conceição de Barra Velha, que estava sem padre, de 22 de agosto de
1875 a agosto de 1876, assim como de junho de 1882 até 09 de março de 1883.
Realizando na igreja de Barra Velha as cerimônias frequentadas pelos moradores
do Itaperiú.
Fez parte do
diretório do Partido Liberal, onde em 1877 foi eleito pelo partido como representante
de São Francisco à Assembleia Provincial, porém sua candidatura foi
incompatibilizada por não estar de acordo com a lei eleitoral da época. Certa
vez, numa eleição em que figurava como candidato, só teve um voto contra,
devendo ser o voto dele mesmo. Com a Proclamação da República e a perda de
poder, o Partido Liberal foi extinto. Em Santa Catarina os liberais fundaram o
seu partido de oposição, o Partido Federalista, do qual Padre Antonio também
fez parte.
Foi um vigário
zeloso e amado, respeitado pelos paroquianos e autoridades locais, sendo
considerado um homem íntegro de caráter nobre e espírito forte. Nunca faltando
com os deveres do ministério, auxiliando sempre a comunidade nos momentos mais
difíceis. Sempre pronto a socorrer os enfermos com os sacramentos espirituais,
inclusive quando a comunidade passou por tristes epidemias, quando fez parte da
comissão incumbida da distribuição de medicamento e dietas aos doentes de
malária, em 1878 até 1889, não temendo o contágio. Nos casos de morte, era
prestativo não só na realização da encomendação do corpo nos funerais, mas
também no conforto e auxílio à família, participando dos velórios e até mesmo
auxiliando na preparação do corpo.
Poema em sua homenagem (Gazeta de Joinville, 1878) |
No ano de 1878 também
fez parte de outra comissão, juntamente com os cunhados, José Antonio de
Oliveira e Antonio Francisco Caldeira, para providenciar os concertos que
necessitava a Igreja Matriz de São Francisco. Foi nomeado inspetor de distrito
das escolas da cidade de São Francisco pelo presidente da província de Santa
Catarina em julho de 1879.
A pastoral da época
se dividia entre o vigário que administrava os Sacramentos e as Irmandades que
conduziam a vida religiosa. Havia as Irmandades do Senhor dos Passos e de Nossa
Senhora do Rosário. Em 1881 o padre conseguiu renovar num espírito mais
eclesial o Compromisso (Estatutos) da Irmandade do Santíssimo Sacramento e de
Nossa Senhora da Graça, aprovada pela Assembleia Legislativa com a Resolução n.
335 de 10 de maio de 1851.
Em 30 de abril de 1882 chegou a Desterro a
bordo do vapor Gahyba, vindo de São Francisco. Já no dia 02 de maio de embarcou
para a corte, que se localizava no Rio de Janeiro, a bordo do Paquete Rio
Grande. No Rio participou da festa de São Pedro, na igreja de sua invocação, no
dia 02 de julho. Uma festa com grande pompa e esplendor, houve missa cantada e
orou ao Evangelho o padre-mestre José Herculano e a noite o padre-mestre João
Manoel de Carvalho. Na ocasião foi eleita a administração para o ano
compromissal da Venerável Irmandade de São Pedro dos anos de 1882 a 1883 e padre
Nobrega foi eleito para compor a mesma como definidor graduado, cargo
semelhante ao de conselheiro. Já para os anos de 1885 a 1886 foi eleito diretor
graduado.
Com o falecimento do
padre Joaquim Francisco Pereira Marçal em 01 de agosto de 1885, a freguesia do Senhor
Bom Jesus do Paraty, atual Araquari, ficou vaga. Por falta de sacerdote ele passa
então a acumular esta freguesia de 1886 a outubro de 1905.
Esforçou-se para
receber bem o bispo diocesano Dom José de Camargo Barros na visita pastoral
ocorrida em setembro de 1895, trazendo até a banda de música de Joinville.
Dom José de Camargo Barros (1858-1906) |
Entre os dias 05 a
11 de julho de 1905, participou pela primeira vez em 48 anos de padre de um retiro
espiritual do clero, realizado na Igreja de São Francisco, em Florianópolis,
com a presença de Dom Duarte Leopoldo e Silva e de outros trinta padres.
Pe. Antonio no Retiro do Clero em Florianópolis, em 1905 (Pe. Besen, 2015) |
Pe. Antonio em meio aos outros participantes do Retiro do Clero, em 1905 (Pe. Besen, 2015) |
Numa chácara de
propriedade do padre, em São Francisco, o Senhor José Gomes de Oliveira montou
um engenho de beneficiar arroz movido por um motor de 6 cavalos. Todo o arroz
beneficiado pertencia ao industrial Marcos Görresen, que exportava regular
quantidade do cereal que possuía qualidade superior pelo seu esmerado preparo.
Em 1908 foi criada a
diocese de Florianópolis e Dom João Becker, primeiro bispo, procurou colocar em
prática o novo espírito pastoral do Concílio Plenário de 1899, passando de uma
Igreja de Padroado para uma Igreja Tridentina. O Vigário deveria passar a
enviar anualmente um relatório da vida paroquial, ocupando parte importante a catequese
ministrada por ele. Obediente, em 1909 o padre ministrou 168 aulas de catecismo
para 43 alunos.
Foi capelão da
Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, cujas origens se
confundem com a própria cidade. Atento às necessidades da população, em 1909
conseguiu autorização para a venda de notável parte do patrimônio dela para a
construção de um novo Hospital de Caridade, onde foi vigário.
No ano de 1912 deu
início às obras de reforma da capela de Nossa Senhora da Glória do Sahy, na atual Vila da Glória. As
forças declinavam e, por motivo de doença, em janeiro de 1915 retirou-se para a vida
privada, sendo cuidado pela esposa e pelos filhos. Passou então a atuar como
vigário auxiliar e Frade Liborio Gresse assumiu como vigário.
Faleceu em 05 de
fevereiro de 1923, tendo recebido os Sacramentos, com 84 anos de vida e 61 de
ministério presbiteral. Foi sepultado na Igreja Matriz de São Francisco do Sul,
onde vivera grande parte do seu ministério, acompanhado de um dos maiores cortejos que a cidade já presenciou, com grande homenagem fúnebre. Deixou Theodora Leopoldina
d’Assumpção como sua herdeira legatária, assim como os filhos.
Theodora faleceu aos 77 anos, no dia 1º de maio de 1933, em São Francisco do Sul, no número 34 da Rua Hercílio Luz, vítima de aterosclerose generalizada.
Padre Antonio
Francisco Nobrega foi homenageado como nome de Rua e do Museu de Arte Sacra em São Francisco do Sul.
Referências
ARQUIDIOCESE DE FLORIANÓPOLIS. Paróquias da Arquidiocese: Itajaí, Santíssimo Sacramento.
BESEN, Pe. José Artulino. Padre Antonio Francisco da Nóbrega.
BESEN, Pe. José Artulino. Padre Antonio Francisco da Nóbrega.
GOVERNO DO ESTADO DE
SANTA CATARINA. Album do Estado de Santa
Catharina. Florianópolis, 1905, p.130.
JORNAL A NAÇÃO. Rio
de Janeiro, 1874.
JORNAL A
REGENERAÇÃO. Desterro.
JORNAL CONSERVADOR.
Desterro.
JORNAL GAZETA DE
JOINVILLE. Joinville.
JORNAL O APÓSTOLO. Rio de Janeiro.
JORNAL O CONCILIADOR
CATHARINENSE. Desterro, 26 set. 1849.
JORNAL O
DESPERTADOR. Desterro.
JORNAL O ESTADO. Florianópolis, 06 fev. 1923.
NASCIMENTO, Antonio
Roberto. Os Carvalhos Buenos: Pesquisa genealógica. Guaxupé: Nossa
Senhora Aparecida, 2004.
NOVO MILÊNIO. Santos.
NOVO MILÊNIO. Santos.
OLIVEIRA, Ricardo
Costa de. Ancestors of Ricardo Costa de
Oliveira. Ahnentafel Chart for Ricardo Costa de Oliveira. 24 jul. 2010.